Êxodo 4. 1-8
Deus tem nos permitido exercer autoridade dentro dos níveis que Ele atribuiu a nós. E Moisés foi um exemplo de como conduzir essa autoridade, de como exercê-la de maneira correta e produtiva. Podemos dividir a história de Moisés em três momentos:
Os primeiros quarenta anos de Moisés são no Egito. Ele passou por alguns conflitos de autoridade. Cresceu em meio à cultura egípcia e passou a achar que era alguém muito importante, porque era considerado parte da família real. Todas as vezes que nos tornamos orgulhosos, cometemos alguns deslizes. Moisés cometeu um erro e tentou esconder. Todo ato provocado no ímpeto da soberba, procuramos esconder, para que ninguém veja. Mas não há nada encoberto que não venha a ser revelado.
Toda vez que acharmos que podemos fazer algo com a nossa força, Deus vai nos colocar embaixo, para mostrar que o poder dEle se aperfeiçoa na nossa fraqueza. Ele vai nos reduzir à sua vontade. Tudo o que Moisés aprendeu no Egito não era mais útil, porque ele passou a cuidar de um rebanho de ovelhas. Existem momentos que são exatamente assim no ministério, em que temos tudo aquilo que aprendemos e para nada servem. A única coisa que podemos fazer é trilhar o nosso caminho dependendo de Deus e Ele faz isso pra mostrar quem nós somos.
Em outro momento, Moisés descobriu o que Deus pode fazer com alguém que se quebranta. Deus apareceu para Moisés e falou com ele por meio de uma sarça ardente. O arbusto era frágil, facilmente consumível pelo fogo; mas quando Deus entrou, o arbusto queimou e não se consumiu. Tudo aquilo onde Deus se manifesta tem a capacidade de perdurar. Deus viu, ouviu o clamor do povo e interveio. E as coisas que Deus iria fazer, Ele o faria através de Moisés. Ele escolheu aquele que iria ser o libertador do seu povo. Você percebe a dimensão do que Deus confiou nas nossas mãos, que somos seus ministros? Nós somos resposta de oração para o povo que ora a Deus pedindo conhecimento da palavra, direção, cuidado e aconselhamento.
Existem momentos no ministério em que nós vamos ser afrontados. Mas não estamos aqui para defender o nosso nome. Estamos aqui para defender o nome do Senhor. Que Ele nos dê graça para colocar o nome dEle acima de tudo, acima das nossas prioridades e reputação.
Talvez essa mensagem pode ser dividida em duas…
“O que eu vou dizer?” Moisés perguntou. As pessoas não tem dificuldade em crer em Deus, elas tem dificuldade de acreditar naqueles que se dizem enviados por Deus, porque muitas vezes faltam credenciais. Muita gente assume o púlpito sem ter o que dizer. Precisamos nos disciplinar a ter um tempo com Deus e com a sua Palavra para ter o que dizer para o povo. Que a nossa igreja seja conhecida como a igreja da Palavra, que haja sempre Pão em abundância.
“Como o povo vai acreditar em mim? Que credenciais eu vou apresentar?” foram as outras perguntas de Moisés. Porque uma coisa é o discurso, outra coisa são as evidências. Que provas temos dado do nosso ministério? Que evidências posso apresentar dizendo que Deus está comigo? Devemos espelhar Deus nas mínimas coisas que fazemos. Por isso é importante ter uma vida de oração.
Deus deu duas credenciais para que o povo acreditasse em Moisés. A primeira foi o cajado. Moisés pegou seu cajado, símbolo de seu ministério, e o jogou no chão. O cajado se transformou em uma serpente, e Moisés fugia da serpente. Enquanto o seu ministério estiver sendo usado da maneira certa, ele vai frutificar. É possível recuperar um ministério caído, porém ele vai deixar marcas. Por isso, não deixe sua vida moral e ética cair no chão. Na segunda evidência, Deus disse a Moisés para que batesse a mão no peito e ela se tornou leprosa. A Bíblia nos dá um conselho: A soberba precede a queda. Só existe uma ocasião em que nos é permitido bater a mão no peito. A Bíblia nos conta a história de quando um fariseu e um publicano estavam orando, e o publicano batia a mão no peito e dizia: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”. Jamais bata a mão no peito soberbamente, deixe que Deus exalte você. No tempo certo, Ele faz o que tem que ser feito. No tempo dEle.
Moisés cumpriu estritamente cada detalhe do que Deus lhe disse. Um dos grandes problemas é quando nos empolgamos e vamos além daquilo que a Palavra nos manda fazer. E tanto a omissão quanto o excesso são prejudiciais. Seja fiel ao que Deus diz a você e faça exatamente o que Ele pedir. Não queira criar artifícios ou subterfúgios.
Oração: ”Que sejamos simples, que possamos pregar o verdadeiro Evangelho. A inspiração, a direção e as estratégias que nós precisamos estão no Senhor, que nos guarda. A Ele a glória para todo o sempre. Amém”.
Jodson Gomes
Pastor da Assembleia de Deus Londrina