João 6
Nessa passagem, João diz que Jesus passou para o outro lado da Galiléia e foi seguido por grande número de pessoas, pois Ele curava muitos enfermos. O povo estava atrás de Jesus por causa das curas. Jesus percebeu outro nível de necessidade desse povo, que era o de ser alimentado. É aí que Ele coloca sobre os discípulos a responsabilidade de alimentar a multidão. Ele não trata apenas da necessidade explícita, mas vai além daquilo que estão buscando.
De todos os milagres da Bíblia, esse é o único que envolve a participação de mais alguém contribuindo diretamente: um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Ele vai diante da escassez dar lições sobre provisão. Jesus pegou os pães de um rapaz e os multiplicou. Uma das lições é satisfazer a fome de muita gente e outra é multiplicar recursos limitados de alguém.
Os cinco pães e dois peixes são olhados de três maneiras diferentes:
- A visão de André: insuficiência. Ele reconhece que o garoto tem o alimento, só que acha pouco para tantos.
- A visão do garoto: suficiência pessoal. Ele leva o mantimento para alimentar ele mesmo.
- A visão de Jesus: suficiente para acontecer um grande milagre.
Com base nisso, vamos pensar sobre o chamado de Deus. Deus escolheu você. Ele primeiro nos salvou e depois nos chamou com uma santa vocação (II Tm 1:9). Ele faz a parte Dele, o problema é como nós enxergamos. Às vezes, vemos como André, reconhecemos que sabemos fazer alguma coisa, mas não é suficiente. Outras vezes, vemos como o garoto, fazemos só para nós. Temos que enxergar como Jesus, saber que aquilo que fazemos pode alcançar outras pessoas. Não somos uma peça perdida do quebra-cabeça de Deus. Todos têm um chamado, uma santa vocação. Talentos, dons, capacidades que o Reino de Deus precisa e que podemos estar escondendo. Há coisas para as quais, especificamente, ele chamou você. Lugares onde religiosos não conseguem entrar, você com seu dom pode levar o amor de Deus.
Os pães e peixes se multiplicam nas mãos de Jesus. Convicção do chamado é saber que possui um talento e também tem a sensibilidade para entregar nas mãos Dele. Lançar a soberba de lado e entregar a vida para a vontade Dele. Não sou eu quem divido e multiplico, eu me ponho na mão Dele e Ele faz. Algo que estava restrito nas mãos do menino, Jesus repartiu e levou a vários lugares. É isso o que Ele quer fazer conosco, nos levando a todos os cantos de nossa cidade, estado, país ou mundo. Para que isso aconteça, temos que nos entregar nas mãos Dele, para que o Senhor seja glorificado e exaltado.
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Senhor, ensina-nos a olhar para nós mesmos e crermos que Tu tens uma vocação para cada um de nós. Nos entregamos para que o Senhor possa nos repartir para alcançar pessoas. Minha vida está nas Tuas mãos.
Texto de Jodson Gomes
Pastor da Assembleia de Deus
Adaptado por : Luane Alves.