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Atos 16:16-32

A personagem mencionada no texto sofria com dois problemas. O primeiro de ordem espiritual; ela era possuída por um espírito maligno de adivinhação. O segundo problema era de ordem social; ela era alvo de exploração. Adivinhando, ela dava grande lucro aos seus senhores. Paulo, Silas e os demais irmãos estavam caminhando e ela disse algumas palavras sobre eles. Paulo ordenou que o espírito a deixasse, ela voltou ao seu estado normal e os seus senhores perceberam que a fonte de lucro cessou, trazendo-lhes revolta. Esse texto nos mostra uma sociedade que se importa muito mais com o lucro do que com o ser humano. Ela é valorizada pelo que produz monetariamente, não pelo que é. A libertação da jovem causou um enorme impacto, os senhores começaram a incitar o povo e acusar os homens de Deus, dizendo que eles estavam perturbando a cidade.

A multidão, incitada por aquelas palavras, quis prender os homens. Na prisão, eles foram entregues aos cuidados de um carcereiro, que recebeu a ordem de guardá-los com segurança. Isso significa que eram prisioneiros perigosos, não podiam sair dali de maneira alguma, por isso foram colocados no cárcere interior, diferente das celas comuns. Além disso, prendeu-os a um tronco, ou seja, ficaram sem mobilidade e dentro de um espaço escondido.

O carcereiro era cuidadoso, porém algo inesperado aconteceu perto da meia noite. Antes que o dia terminasse, de repente houve um grande terremoto que abalou os alicerces do cárcere e logo todas as portas se abriram. Naquele dia, o que o carcereiro fez, antes de terminar o dia, foi desfeito. Deus tinha propósitos nesse evento.

  1. Deus não compactua com a injustiça. Paulo e Silas foram presos por ajudar alguém. Ele queria corrigir aquela injustiça e libertar os seus servos.
  2. Deus queria dar a salvação para o carcereiro e toda a sua família.

Para cumprir o seu projeto, Ele utiliza meios que nem sempre esperamos ou compreendemos. Ele poderia ter enviado anjos que abrissem as portas. Porém, Deus não as abriu de maneira silenciosa e sutil, Ele abriu com um terremoto. Algumas vezes, Deus vai agir conosco fazendo um caminho no meio de um turbilhão e no meio de uma tempestade de acontecimentos. O terremoto mexe com a estabilidade. Não existe sensação mais desconfortável do que não sentir nossos pés sobre algo firme. O ser humano é pautado por referências e, no terremoto, as coisas saem do lugar. No entanto, Deus provocou o terremoto na intensidade certa. Ninguém ficou ferido.

O terremoto abalou os alicerces da prisão. Abriram-se todas as portas. Foram soltas todas as cadeias. Deus sabe a intensidade exata do terremoto para promover o milagre em nós. Ele não erra quando nos prova. Ele não nos dá tribulação além daquilo que podemos suportar, mas vindo a tribulação também virá da parte de Deus o escape.

O carcereiro tendo acordado, viu as portas da prisão abertas. Ele supôs que os prisioneiros estivessem fugido e ia suicidar-se. Há algo em nós que precisa ser tratado, chamado precipitação. É impressionante como nós concluímos a partir de poucas informações. O carcereiro concluiu que todos fugiram e ele ia sofrer as consequências. A conclusão de Deus é de que ninguém tinha fugido e ia ter salvação para o carcereiro e pra sua família. Como interpretamos o que Deus faz? Às vezes achamos que Deus está nos fazendo mal, quando quem está prestes a fazer mal somos nós mesmos. Paulo disse ao carcereiro “não te faças nenhum mal!”. Deus está no controle.

Jamais decida no escuro, as impressões são erradas. Acenda uma luz. Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra e luz para o meu caminho (Sl 119:105). Há pessoas que concluem a partir dos fatos que veem. O Senhor é quem sabe o que preparou para nós. Não permita que as circunstâncias que te cercam façam você fazer mal a si mesmo. O terremoto que Deus permitiu acontecer do lado de fora, tem o propósito de arrumar a casa do lado de dentro e trazer salvação. Não te faças nenhum mal.

 

 

 

Texto de Jodson Gomes

Pastor Assembleia de Deus Londrina

Adaptado por Luane Alves.