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Cerca de 80% das crianças e jovens navegam na internet sem o controle dos pais. Na verdade, 45% dos pais nem fazem ideia de quanto tempo seus filhos passam em frente ao computador. Esse é o resultado de uma pesquisa da consultoria Prince & Cooke, que entrevistou mães e pais de crianças de 7 a 14 anos.

Segundo pesquisas, a utilização das redes sociais como o Facebook e Twitter vem diminuindo entre os jovens, porque seu conteúdo pode ser controlado pelos pais. Os jovens migraram para os aplicativos de celular que permitem conversação, tais como o Whatsapp e o Snapchat, nos quais o conteúdo pode ser facilmente apagado e o controle por parte dos pais é bem mais limitado.

Jovens podem acabar expostos à pornografia

Como o acesso à internet é cada vez mais facilitado pelo uso dos celulares, fica cada vez mais difícil os pais controlarem o que seus filhos fazem online. No que se relaciona à sexualidade, muitos jovens buscam informação sobre sexo na internet, contudo o conteúdo visitado na grande maioria das vezes não é material informativo e sim sites de sexo explícito, nos quais o jovem fica diante de conteúdos que não são verossímeis, e muitas vezes relatando abuso sexual de mulheres e menores.

A exposição de conteúdos sexuais não adequados a crianças e jovens antecipa uma curiosidade que deveria ser respeitada nas diferentes fases do desenvolvimento humanos. O jovem vem adquirindo maturidade emocional para lidar com as implicações de uma relação sexual ao longo de sua vida e estimular essa antecipação é prejudicial ao desenvolvimento emocional e sexual de um jovem, que pode vir a ter fantasias e ansiedades desnecessárias quando for um adulto.

Os perigos do uso da internet

O ideal seria que o começo da utilização da internet pelas crianças fosse acompanhado dos pais em casa, contudo isso implica em algumas questões. Muitas casas ainda não possuem acesso a internet em um computador, outro ponto é que a maioria dos pais não tem conhecimento tecnológico para ensinar seus filhos e não mensuram o tamanho do perigo envolvido na internet.

O perigo da internet não se restringe somente a acessar conteúdos impróprios para a idade do jovem, mas também outras formas de violência cibernética, tais como o cyberbullying e sexting.

Cyberbullying

Bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como “intimidar” ou “amedrontar”). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. Dentro do Ciberbulling há uma ramificação denominada Sexting, onde conteúdos de origem sexual, fotos e vídeos em sua maioria são postados na internet sem o consentimento da pessoa.

Sexting

O Sexting vem sendo usado como uma forma de “revanche sexual”, muitos casos foram relatados de ex namorados(as) postarem na internet tais conteúdos para se “viangarem” após o termino do namoro. Tais comportamentos só mostram que os jovens de maneira geral estão cada vez menos preparados para lidarem com suas frustrações emocionais.

E as conseqüências emocionais para os jovens que sofrem esse tipo de violência, muitas vezes é a depressão, crises de síndrome do pânico e em casos graves o suicídio do jovem. É de máxima importância que os pais orientem cada vez mais seus filhos sobre os perigos da utilização da Internet, esta é somente uma ferramenta facilitadora, que muitas vezes é usada de forma a errônea e pode levar a graves traumas.

Criar um filho nos dias atuais não é uma tarefa fácil, qual é a melhor maneira de dosar a liberdade e o controle, para muitos pais buscar o equilíbrio entre a privacidade e a preocupação. Somente com muita conversa é possível encontrar esse equilíbrio. Se uma criança ou jovem começar a apresentar um comportamento fora do usual dela, tais como não querer ir pra escola, não querer sair ou brincar, não dormir, não comer. É muito prudente que seja averiguado por um psicólogo o motivo deste comportamento, a mesma pode ter sofrido um cyberbulling sem os pais terem conhecimento do fato.

Fonte: Zenklub

Texto adaptado por Juliana Muniz Moreira

Psicóloga – CRP 08/07547