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Se você tem um filho adolescente, os conflitos entre vocês dois talvez sejam um dos seus maiores desafios como pai ou mãe, além de exigir muito de sua paciência.
Por que alguns adolescentes são tão difíceis? É por causa da influência dos colegas? Talvez. A Bíblia diz que os amigos exercem uma enorme influência na pessoa, tanto para o bem como para o mal. (Provérbios 13:20; 1 Coríntios 15:33) Além disso, nos dias de hoje, a maioria do entretenimento para jovens promove a imagem do adolescente rebelde.
Mas há outros fatores a considerar, e é mais fácil lidar com eles quando você entende como afetam seu filho adolescente.
O DESENVOLVIMENTO DA “FACULDADE DE RACIOCÍNIO”
Os jovens tendem a pensar de modo concreto e só conseguem perceber coisas óbvias. Em contraste, os adultos conseguem lidar melhor com conceitos abstratos e pensar de modo mais profundo ao tirar conclusões ou tomar decisões. Por exemplo, em geral os adultos consideram as questões éticas por trás de um assunto e pensam em como suas ações afetam outras pessoas. Eles estão acostumados a pensar dessa maneira. Para os adolescentes isso é novidade.
Por causa do modo de raciocinar do adolescente, ele pode acabar discutindo com você, mesmo em assuntos pequenos. Ou talvez ele chegue a uma conclusão que mostre falta de bom senso. Então, como você pode raciocinar com ele sem discutir?

TENTE O SEGUINTE: Leve em conta que seu filho está simplesmente tentando usar sua recém-descoberta habilidade de raciocínio, e que talvez ainda nem tenha uma opinião formada sobre o assunto. Para saber o que ele realmente pensa, primeiro o elogie. (“Gostei do seu jeito de pensar, embora eu não concorde com você.”) Daí, ajude-o a analisar seu ponto de vista. (“Você acha que isso se aplica a qualquer situação?”) Você talvez se surpreenda ao ver como ele pode facilmente rever seus conceitos e mudar de opinião.
Mas lembre-se: ao raciocinar com seu filho, não aja como se só você tivesse razão. Mesmo que pareça que ele não está escutando, continue a conversa. É provável que ele esteja aprendendo mais do que você imagina, ou do que ele gostaria de admitir. Não se surpreenda se depois de alguns dias ele mudar totalmente de opinião, chegando a adotar as suas ideias como se tivessem vindo dele.
ÉPOCA DE FORMAR UMA IDENTIDADE PRÓPRIA

Pais sensatos criam um ambiente em que os filhos podem se expressar livremente
Uma das coisas mais importantes ao criar um adolescente é prepará-lo para o dia em que ele sairá de casa e viverá como um adulto responsável. Parte desse processo envolve formar sua própria identidade — um conjunto de traços de personalidade, crenças e valores que definem quem ele é. Ao ser pressionado a fazer algo errado, um adolescente com forte senso de identidade fará mais do que pensar nas consequências. Ele também se perguntará: ‘Que tipo de pessoa eu sou? Quais são meus valores? O que uma pessoa com esses valores faria numa situação como essa?

Seu filho adolescente está aprendendo a definir o tipo de pessoa que ele será. E isso é bom, pois suas convicções o ajudarão a lidar com a pressão de colegas e, quando necessário, a discordar da opinião deles. Por outro lado, esse mesmo senso de identidade pode fazer com que ele discorde da sua opinião. Se isso acontecer, o que você pode fazer?

TENTE O SEGUINTE: Em vez de discutir, simplesmente repita o que ele disse nas suas próprias palavras. (“Deixe-me ver se eu entendi. Você quis dizer que . . .”) Daí, faça perguntas. (“Por que você pensa assim?” ou “Como você chegou a essa conclusão?”) Permita que ele se expresse. Se a diferença de opinião for apenas uma questão de preferência e não do que é certo ou errado, mostre a seu filho adolescente que você respeita seu ponto de vista, mesmo que não concorde totalmente com ele.
Desenvolver uma identidade própria e suas convicções não é apenas normal, mas também benéfico. Por isso, não só permita, mas também incentive seu filho a desenvolver sua própria identidade e convicções.
FIRME, MAS RAZOÁVEL
Assim como crianças, alguns adolescentes aprenderam a vencer a resistência de seus pais por ficar insistindo num assunto até eles se cansarem. Se isso costuma acontecer com você, tome cuidado. Embora possa trazer algum alívio no momento, seu filho pode aprender que insistir é uma maneira de ele conseguir o que quer. Se você for firme, será menos provável que seu filho discuta.

Ao mesmo tempo, seja razoável. Por exemplo, deixe que seu filho explique por que acha que você deveria permitir que ele voltasse mais tarde para casa em determinada situação.

TENTE O SEGUINTE: Conversem em família e estabeleçam juntos o horário de voltar para casa e outras regras da família. Mostre que está disposto a ouvir e a levar em conta todos os fatores envolvidos antes de tomar uma decisão.
É claro que não existem pais perfeitos. Se você achar que, ao menos em parte, teve culpa em provocar uma discussão, peça desculpas a seu filho. Ao admitir seus erros, você estará dando um exemplo de humildade, que seu filho imitará.

Pra pensar:
• Até que ponto sou culpado pelas discussões com meu filho?
• Como posso usar este artigo para entender melhor meu filho?
• O que posso fazer para conversar com meu filho sem discutir?
Texto: JW org
Adaptado por : Psicóloga Juliana Moreira. CRP 08/07547

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