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Alerta para Jovens, Pais e Cuidadores!

Para nossas crianças e adolescente, o mundo real perde cada vez mais espaço para o mundo virtual. E o mercado dos games online, acompanhando essa tendência,  vem crescendo em ritmo acelerado para atender as necessidades desse público tão exigente.

Jogos de todos os tipos e objetivos tem prendido nossos jovens cada vez mais cedo  a esse Universo Paralelo,  o que deveria ser motivo de preocupação para pais e educadores.

Existe um jogo acontecendo numa comunidade virtual chamado “BLUE WHALE” (Baleia Azul) que pode ser a causa de uma série de suicídios na Rússia. O nome do jogo não causa nenhuma estranheza e pode passar como um jogo inofensivo para a maioria dos pais se só se atentarem para o nome.

Porém, de acordo com o jornal  Novaya Gazeta,  jornal investigativo de Moscow, existem ligações do jogo a mais de 130 suicídios de crianças que aconteceram num espaço entre novembro de 2015 a abril de 2016. Quase todas essas pessoas eram membros dos mesmos grupos na internet e viviam em boas famílias.

Esse jogo tem a duração de 50 dias consecutivos, e a cada dia é apresentado um desafio diferente onde o jogador é levado a seguir instruções para passar de fase e postar seus feitos na internet. Alguns desses desafios são:  Ouvir músicas Psicodélicas (leia-se , músicas de cunho depressivo); Assistir o tempo todo filmes de terror; Acordar sempre as 04h20; Se auto mutilar desenhando com facas ou giletes a baleia azul em seus pulsos ou pernas. E no desafio final no 50º dia do jogo, os jovens são instruídos a se matarem.

No ano passado, o suposto líder desse movimento, Philip Budeikin, 21 anos, foi detido e acusado de organizar oito grupos entre 2013 e 2016, que promoviam o suicídio entre adolescentes. Após a prisão do rapaz, houve uma redução no número de casos desse tipo, porém eles seguem acontecendo. Os dois últimos casos provocaram uma onda de choque na Rússia, mas a verdade é que o desafio continua a afetar muitos jovens.

A grande questão é: Qual perfil psicológico dos jogadores que são atraídos por esse jogo e que cumprem todos seus desafios? Estamos no século 21, onde a tecnologia impera com o intuito de facilitar cada vez mais a vida das pessoas, porém, nunca tivemos um geração tão triste! As relações humanas estão cada vez mais superficiais. A capacidade de compreender seus sentimentos e de expressá-los não estão sendo desenvolvidas em nossos jovens. O que os deixam cada vez mais suscetíveis ao desenvolvimento de conflitos emocionais e até mesmo depressivos.

A adolescência em si já é um período difícil. Sintomas como isolamento, irritabilidade, rebeldia, melancolia são características consideradas típicas da adolescência, mas que podem ser indícios de uma depressão. E é nesse contexto que jovens com sérios conflitos internos ou já depressivos, são atraídos por jogos como o “Blue Whale” que os induz a estados cada vez mais depressivos através de seus desafios o que os leva facilmente a cumprir sua etapa final: O suicídio.

Nossa missão como pais e cuidadores é estabelecer uma comunicação cada vez mais afetiva com nossos jovens, é buscar reduzir cada dia mais, de forma gradativa, a exposição dessas crianças e adolescentes ao mundo virtual. É fazer com que as relações reais sejam mais atrativas que as virtuais. É resgatar o diálogo interessado, o convívio harmonioso, as brincadeiras reais entre familiares, os passatempos preferidos dentro do mundo real: Uma pescaria, uma corrida de bicicleta, um desafio de dança, e acima de tudo, resgatar a nós mesmos, adultos, para então podermos resgatar as nossas crianças.

Psicologa  Juliana Muniz